"Alcançamos mais anos de vida, mas temos menos tempo para viver", Fabiano de Abreu

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O filósofo diz ter encontrado a resposta para a pergunta: Não acha que o tempo está passando muito rápido?
 
Há 40 anos, uma pessoa de 50 anos era considerada um velho, mulheres usavam coque e homens se vestiam formalmente e eram respeitados por serem velhos. Atualmente, “jovens idosos” de 70 anos demonstram plenos sinais de juventude. Mas para o filósofo e pesquisador Fabiano de Abreu aumentamos a vida útil mas também aumentamos a "vida inútil". 
 
"Aumentamos a vida útil, mas também aumentamos a vida inútil e ela, a vida, está passando cada vez mais rápido. Digo vida inútil entre aspas, pois precisamos trabalhar. Mas como costumo dizer, a vida para ser boa, tem que ser com moderação, tudo deve ser moderado. Sempre parei para pensar nas perguntas que me faço e me fazem, sobre o tempo passar rápido demais. Me peguei olhando para o relógio a perceber que os ponteiros se movem para o mesmo lado e na mesma velocidade. Assim como a velocidade que o sol aparece no leste e desaparece no oeste é a mesma."
 
Para o filósofo, a impressão que temos hoje em dia de que o tempo está passando rápido, na verdade é uma impressão relativa ao curto tempo que temos com nós mesmos. 
 
"Quantas vezes disseste ou ouviu dizerem a frase: O ano passou tão rápido; a semana passou tão rápido; o dia passou tão rápido. Nós estamos com acúmulos de pensamentos, afazeres, objetivos, metas, é muita informação e tanta coisa para fazer que um dia ficou pequeno, uma semana ficou pequena. No século passado, um homem que morria de velhice aos 50 anos, poderia ter vivido mais que um homem que morrerá de velhice aos 70 anos de hoje. Estamos aumentando a quantidade de anos de vida e diminuindo a quantidade de anos que vivemos de verdade."
 
"Estamos tão loucos e tão tristes, que precisamos comprar e trocar o velho pelo novo para nos sentirmos feliz. Não estamos sabendo aproveitar nem o tempo vago que temos, viciados no tempo com obrigações que é a maior parte do tempo."
 
Pensei aqui em 5 dicas para buscarmos no tempo vago e buscarmos mais tempos vagos, para viver, seja no trabalho ou no lazer. 
 
1 - Vivendo no trabalho 
 
Olhe para o colega de trabalho e perceba o outro lado dele. Procure ver o lado bom das coisas e repassar isso ao seu colega. Fazer brincadeiras sem excesso e jogar um pouco de conversa fora longe dos olhos do patrão não vão fazer mal. 
 
2 - Vivendo no caminho do trabalho para casa 
 
Tente olhar com olhos de observação positiva, procure não julgar de forma positiva pessoas e o ambiente que observa. Programe sua mente para que esteja de bom humor, faça uma auto meditação e busque a natureza, a energia da natureza é algo inigualável. Observe o verde, pense no que pode fazer de bom ao chegar em casa e sem pressa, curta cada momento. 
 
3 - Aproveite ao máximo as horas de lazer 
 
Aquele final de semana, aquele feriado, tente aproveitá-lo ao máximo. Se desligue do mundo, apague os afazeres do trabalho em uma meditação profunda e direcionada ao momento do lazer com a família, namorada, amigos, o que seja. O que te faz feliz. Como sair de um plano astral para o outro. Quanto melhor forem os lazeres, melhor o objetivo de conquistas no trabalho para que chegue novamente a data do final de semana, ou feriado, férias, o que chamo de lazer, a folga do tempo de trabalho. 
 
4 - Planejar seus horários
 
Tem tempo pra tudo, organize seus horários com limites, programe-o de uma forma em que possa aproveitá-lo ao máximo. Faça anotações, dê prioridades, das mais importantes a menos importantes. Tente sempre resolver os problemas para que não os deixe para depois, mas sempre, dentro do horário determinado. 
 
5 - Descanse, durma de acordo com o que seu organismo determina
 
Dormir bem, cumprir as horas de sono que seu organismo determina, fará com que o dia seguinte não seja um peso e acabe perdendo um dia de 'boa vida'. Se temos pouco tempo, vamos estar bem neste pouco tempo que temos. 
 
 
A Organização Mundial de Saúde (OMS) classifica o envelhecimento em quatro estágios: a meia-idade, que corresponde à faixa etária de 45 a 59 anos; o idoso, pessoas entre 60 e 74 anos; o ancião, indivíduos com 75 até 90 anos; e a velhice extrema, para quem passa dos 90 anos. 
 
Ano .  Expectativa de vida ao nascer 
1910 34,6 anos
1920 35,2 anos
1930 37,3 anos
1940 43,1 anos
1950 52,3 anos
1960 52,3 anos
1970 63,1 anos
1980 64,7 anos
1990 69,1 anos
1991 69,8 anos
2000 72,6 anos 
2010 73,7 anos
2014 75,2 anos
Fonte: IBGE