Na maioria das vezes, a indiferença fere mais do que a raiva

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Na maioria das vezes, a indiferença fere mais do que a raiva.

Paro e reflito sobre a dinâmica que envolve toda e qualquer relação. Chego a conclusão que a reciprocidade é o fator que garante o equilíbrio e mantém a saúde em todos os vínculos afetivos.

Mas a reciprocidade não é uma regra, não há como cobrar do outro que ele nos dê exatamente o que oferecemos porque ele só pode oferecer o que ele tem.

Ainda que possamos discorrer sobre todas as camadas e matizes que envolvem diferentes relacionamentos: românticos, profissionais, familiares, fraternais, o fato é que não se pode prever o comportamento do outro, e se criamos expectativas podemos sair machucados.

Todas as esferas relacionais necessitam dessa “liga conectiva”, aquilo que uni e mantém os laços afetivos: reciprocidade. Mas para isso é preciso saber escolher com quem se relacionar.

Quando observamos um cenário, onde os atores manifestam ira, descontrole, discussões, temos a leitura de um termômetro com altas temperaturas de emoções, descontroladas, adoecidas e negativas.

Mas nas relações que se reina a inércia, a frieza e a indiferença: Nada há!

Muitas vezes, o casal “briga pra tentar manter a relação”, isto é, investe uma energia contrária ao desejo real, que seria de um ambiente harmonioso, de paz, de amor.

Fazem isso, justamente pelo adoecimento desse sentimento, tão contraditório quanto poderoso: Amor.

QUANDO SE INSTALA A INDIFERENÇA, É SINAL DE QUE EXISTE ALI UMA DESISTÊNCIA, UM TANTO FAZ.

Muitos casais ficam juntos por qualquer outro motivos que não seja o o amor: força do hábito, comodismo, preguiça, carência, necessidade de controle … Mas certamente já não há mais apelo físico, o fogo da paixão já não existe.

E quando a indiferença dá sinais, ela pode ferir mais do que a raiva.

ONDE NÃO HÁ MAIS DESEJO DE HARMONIA, NÃO HAVERÁ MAIS INVESTIMENTO AFETIVO DE CONQUISTA.

Diante da existência das queixas e reclamações, encontra-se a tentativa de ajuste e reconciliação. Mas diante da indiferença, fica claro que o espaço que criou-se entre dois seres, é um “eco sentimental” tão grande, onde só se ouve a própria voz.

Portanto o contrário do amor não é o ódio. O contrário do amor é a indiferença, a falta absoluta de engajamento.

Quando o “nós”, já se desfez e apenas o “eu” segue acompanhado da mais absoluta solidão, é preciso ter coragem de revelar a falência afetiva, é mais honesto e admirável, do que carregar nas costas o peso de um naufrágio emocional.

Amor é como lâmpada, deixou de brilhar, queimou… não tem conserto, precisa trocar ou reascender a chama do amor.

É melhor ser feliz sozinho, do que fazer par na infelicidade. Pense nisso!

Na maioria das vezes, a indiferença fere mais do que a raiva