Poema de Fabiano de Abreu sobre os limites da memória 

Compartilhe:
Em meio a uma de suas insónias da ansiedade, o poeta Fabiano de Abreu descreve o limite humano em suas memórias e lamenta o fato de não gravarmos 100% do que vemos a provar que não somos tão perfeitos: 
 
"Fico triste quando quero me lembrar dos momentos detalhados, da maneira que o vi e não consigo. Isso me faz pensar como sou limitado e biológico como um esqueleto, pele e músculos que um dia irá sumir."
 
 
 
Tema
Me dá um tema que faço uma frase
Me dá o lema para seguir a direção 
Ainda me confundo onde pôr a crase
Mas nada impede de escrever com o coração 
 
Queria que fôssemos soberanos
Pois nada sabemos e nada somos 
Ou não esqueceríamos alguns momentos 
Aquele pensamento que vem embasado
A faltar trechos do passado
 
Me dê argumento para minha frase
Por que não somos tão soberanos
Para inventar temas que não tenha passado 
Pois somos tão óbvios e parecidos
Que nos faz pensar que de sabidos 
Somos apenas esqueleto a ser enterrado
 
Fabiano de Abreu 
Poema de Fabiano de Abreu sobre os limites da memória