Responsabilidade afetiva deveria ser disciplina do currículo escolar!

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Responsabilidade afetiva deveria estar no currículo escolar. E a primeira lição precisa ser “amor-próprio e a segunda: “Ame ao próximo como a ti mesmo”.

A responsabilidade afetiva é qualidade daquele que aprendeu a si amar verdadeiramente. Antes de se entregar à alguém ou a algo, é preciso se doar e se apropriar de si mesmo.

Quem se perde de si, não encontra amor em ninguém.

Somente depois de se “adornar” de si poderemos amar alguém ou algo.

Através do autoconhecimento percebemos características positivas e negativas em nós, e a partir daí, precisamos fazer as reformas devidas para que possamos melhorar o que identificamos como “defeitos’ e colocar as nossas “qualidades” a serviço, todos os dias.

A interação com o mundo acontece sempre que entregamos e recebemos emoções e sentimentos através de vocalizações e ações na vida. A isso chamamos de afetos, o quanto eu afeto e o quanto sou afetado pelo outro.

Quanto mais apropriado de si, mais seguro você se sente, e menos carente você se coloca nas relações. Diante do autoconhecimento você desenvolve a responsabilidade afetiva, e se abra para perceber quais são os seus desafios internos, e passa a respeitar os desafios do outro.

Talvez seja esse o grande mistério a ser revelado: autoconfiança.

É preciso acreditar legitimamente que somos dignos do melhor, por merecimento.

O OUTRO PERDE O PODER SOBRE MIM QUANDO EU ME APODERO DE MIM MESMO.

Quando aprendo a ter responsabilidade afetiva eu me preencho de confiança e entendo que mereço o melhor porque entrego o meu melhor. Se assim não for, me retiro.

Para mim, responsabilidade afetiva é sinônimo de “compromisso”, se e comprometer é entregar o que ficou acordado, seja na relação profissional, familiar, social ou romântica.

Quando se quebra o acordo firmado, quando o compromisso não é mantido, está na hora de se retirar.

“No meu oceano, nem uma gota a menos”.

Esse transbordamento da nossa humanidade deve afetar o outro positivamente, se utilizo da minha imensidão para causar ondas emocionais negativas, provocando sofrimento, há algo de errado comigo.

Se me afogo num mar de sofrimento provocado pelo outro, há algo de errado comigo.

Para existir um opressor, necessariamente tem que haver um oprimido, os dois estão adoecidos.

Quando estamos saudáveis emocionalmente temos força para identificar o adoecimento do outro e nos retirar dessa relação antes que ela nos contamine.

O mundo externo afeta nosso ambiente interno, isso é fato, porém a garantia homeostática está na detecção do perigo antes que o predador já tenha nos capturado.

Andar incauto pelos caminhos da vida é se arriscar deixando tudo nas mãos do acaso, do destino. Para construir a rota dos caminhos, utilize o percurso já trilhado retirando aprendizado dos erros já cometidos.

Para aprendermos com quem e aonde depositamos nossa energia mais construtiva, nossos melhores afetos, precisamos primeiro saber de nós, e isso, definitivamente, deveria ser uma disciplina escolar.

Responsabilidade afetiva deveria ser disciplina do currículo escolar!