A covid-19 nos mostrou o quanto somos ignorantes e frágeis

Créditos do fotógrafo Reprodução
Os governantes não sabem o que fazer, a imprensa não sabe de quem cobrar, as informações divergem, o Ministério da Saúde se contradiz e a OMS contraria. E nós estamos, aos poucos, enlouquecendo. Estamos ficando doentes não apenas fisicamente, mas também emocionalmente.
Estamos encabeçando o maior número de casos de problemas de saúde mental já vistos no mundo. É a maior disfunção dos nossos mensageiros químicos da história da humanidade.
Além do entendimento da importância de profissionais, como psicólogos, psiquiatras, terapeutas e psicanalistas, e da necessidade de os médicos também se preocuparem com o cérebro humano e com o emocional, a pandemia revelou-se o quanto somos frágeis e o quanto nosso lobo pré-frontal nos fantasiou de um ego proveniente de uma capacidade ainda limitada.
Não somos tão sábios como pensávamos, somos limitados, nossa região cerebral do raciocínio lógico ainda não evoluiu o suficiente e/ou nosso cérebro reptiliano nos mostrou que ainda é mais forte, pois nosso instinto de sobrevivência segue nos afetando mesmo com a evolução.
Um vírus mata, derruba; um micro-organismo destrói uma sociedade.
Nós, de civilizados, não temos nada, ainda nos mostramos primatas e não conseguimos obedecer a regras de distanciamento e higiene simples. As ruas estão cheias, ninguém se cuida, ninguém liga, ninguém acredita, não há credibilidade.
Por falar em credibilidade, o governo está enfraquecido em qualquer país, e foi preciso uma pandemia para sentir o quanto é incapaz de controlar a massa, o quanto é limitado de conhecimento e quanto o dinheiro não é capaz de inventar uma vacina.
Foi possível perceber que o dinheiro também não educa, não gera respeito.
As dimensões de terra de um país, a quantidade de hectares está sendo o bem maior, já que a fome é algo latente, e precisamos sobreviver.
Ainda estamos longe de ser civilizados como um todo, sofremos dos mesmos problemas da era medieval, só que com trajes mais bem elaborados e tecnologias que, em vez de resolver nossos problemas, nos adoecem. Isso porque não sabemos nos adaptar e somos tão frágeis, que adoecemos com as mudanças.
No final, quem tinha razão?
A Suécia liberou suas fronteiras, no início da pandemia de covid-19, e hoje contabiliza menos casos; Portugal trancou seu povo no início, e agora está vivendo uma nova onda de casos. E o Brasil?
Neste é uma confusão só, pois a política predomina acima da saúde e de qualquer razão. E quem disse que alguém conseguiria controlar um povo como o brasileiro, que sempre pensa ter razão na sua própria razão?
A covid-19 só nos provou o quanto somos imaturos, limitados. Ela serviu de lição para melhorarmos? Não. Mas pelo menos agora não temos como negar a nossa ignorância.
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