Não há dúvida que ser uma pessoa persuasiva é fundamental para o nosso dia a dia, algumas profissões inclusive dependem disso, a arte de convencer alguém deve ser desenvolvida, mas muitas pessoas têm dificuldades para isso.

Pensando nisso escrevi o artigo “Processo de persuasão: Como desenvolver as áreas afetadas no cérebro”, que foi publicado pela editora Atena, onde me dedico a entender melhor como o processo de persuasão e convencimento ocorre no cérebro e como as áreas de conhecimento conversam entre si sobre isso.

Mas antes de nos aprofundarmos nesse tema, precisamos ampliar a nossa visão sobre o que é persuasão, há muito fortemente a ideia de que ela é uma coisa negativa e usada para dissimular, no entanto, ela faz parte do nosso dia a dia, durante uma conversa de bar, utilizamos a persuasão, enquanto assistimos um comercial na TV ou Youtube, enfim.

O cérebro é o responsável pela nossa tomada de decisão e por todos os fatores que levam a ela, para isso, existem várias estruturas nele que são exclusivamente dedicadas a isso, com o córtex pré-frontal dorsomedial, orbitofrontal, dorsolateral, etc., que são responsáveis pela construção da confiança no interlocutor.

A filosofia engloba três critérios básicos para a persuasão de um indivíduo, eles são chamados de ethos, logos e pathos. O ethos se refere à confiança que o ouvinte tem em quem fala, na sua credibilidade, por isso, é fundamental ressaltar sua competência para tratar de determinado assunto.

O logos está ligado à lógica da ideia apresentada, em como o seu discurso constrói o sentido de forma lógica, é argumentar por meio da razão, já no pathos há um dos pontos mais importantes da persuasão, a conexão entre você e o ouvinte, em como sensibilizá-lo,  se ligar às suas convicções e usá-las a seu favor.

A persuasão é uma arte multifatorial, depende de uma série de fatores, por isso, é importante desenvolver todas as habilidades que juntas contribuem para convencer alguém, dentre elas destacam-se a criatividade, controle emocional, lógica e a capacidade neurolinguística.