O que ocorre no cérebro quando sentimos um Deja vú?

Mesmo alvo de teorias da conspiração, o Deja vú pode ser explicado pela ciência
Compartilhe:
26/05/2023

O Deja vú é uma sensação muito comum que causa a sensação de já ter vivido certa experiência, por mais que seja a primeira vez, de já ter visto certa pessoa, mesmo que a esteja conhecendo agora, etc., esse fenômeno já deu gás a teorias da conspiração e explicações místicas, no entanto, essa sensação pode ser explicada ao analisarmos o que ocorre no cérebro durante ela.

Apesar de ser considerado normal se ocorrer apenas ocasionalmente, mas caso aconteça com frequência, pode ser um sinal de alguma condição mais grave, como a epilepsia do lobo temporal, comumente relacionada ao Deja vú, como explico no artigo "O que é o Deja vú?" publicado pela revista científica Brazilian Journal of Development.

De acordo com uma pesquisa realizada em 2003, o Deja vú está relacionado a sintomas como cansaço, ansiedade, stress, grande imaginação e elevado grau de instrução e pode ser explicado por 4 situações.

Duplo processamento: Uma falta de sincronia na mente, embora o indivíduo acredite que já viveu certo acontecimento, ele sabe que isso nunca aconteceu.

Fenômenos neurológicos: Pode decorrer de convulsões epilépticas, desmaios, lesões no lobo temporal, esquizofrenia, dentre outras.

Memória: Memórias similares a novas situações podem ser relacionadas pelo cérebro, dando a impressão de que são iguais, além disso, memórias obtidas por filmes e livros também podem ser confundidas com acontecimentos reais.

Atenção: Distrações e falta de atenção total a determinada situação pode dificultar a geração de memórias claras e quando for vivenciada novamente ser reconhecida como uma situação conhecida, ao mesmo tempo que o cérebro não consegue lembrá-la totalmente devido à distração no momento em que ela ocorreu.

Apesar de a ciência ainda não conseguir detalhar totalmente os efeitos causadores dessa sensação, pesquisas apontam que o fenômeno pode ter raízes multifatoriais que, a depender da sua frequência, podem indicar problemas cerebrais graves.