Síndrome de Asperger e superdotação: Uma relação próxima?

A Síndrome de Asperger, que faz parte do espectro autista, é caracterizada por dificuldades na interação social, interpretação de emoções, manter relacionamentos e comunicação
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27/01/2024

A Síndrome de Asperger, que faz parte do espectro autista, é caracterizada por dificuldades na interação social, interpretação de emoções, manter relacionamentos e comunicação interpessoal. Essa condição é causada por múltiplos fatores, genéticos, ambientais e de neurodesenvolvimento. No entanto, podemos notar que ela comumente apresenta relações com comportamentos típicos de pessoas com superdotação.

Diversas personalidades com Transtorno do Espectro Autista (TEA) também se tornaram grandes gênios da humanidade, como Albert Einstein, Isaac Newton e Elon Musk. Mas afinal, essas relações entre as condições estão presentes em todas as suas manifestações?

Não é incomum encontrar pessoas com diagnóstico de Asperger que possuem uma capacidade superior de raciocínio e inteligência acima da média, e isso se deve a alguns detalhes da sua formação cerebral, como a presença de maior quantidade de horas, permitindo assim uma maior massa encefálica, permitindo um melhor processamento de estímulos e informações.

Pessoas com alto QI também mascaram suas reais habilidades em nome da aceitação social, algo que, na grande maioria dos casos, faz com que o indivíduo apresente dificuldades de socialização, de forma similar ao Asperger.

O déficit nas habilidades sociais de uma pessoa com Asperger têm fortes raízes genéticas, com alterações específicas que geram atrasos de desenvolvimento, além de um menor volume de substância branca entre o ventrículo maior. Além disso, alterações em determinadas regiões cerebrais, como o lobo frontal e temporal, modela os diversos níveis de autismo, o que também é causado pela hipoconectividade entre os hemisférios do cérebro, prejudicando a interação entre eles.

Ou seja, o autismo não é diretamente ligado com a superdotação, havendo até mesmo características opostas às apresentadas por pessoas com alto QI, no entanto, também existem similaridades que justificam a proximidade das condições, fazendo-as compartilhar traços.

Referências bibliográficas:

TRAÇOS compartilhados na superdotação e na Síndrome de Asperger: um artigo original e também revisão narrativa. Caderno Pedagógico, [S. l.], p. 1-12, 1 nov. 2023. DOI https://doi.org/10.22410/issn.1983-0882.v16i1a2019.1416. Disponível em: https://ojs.studiespublicacoes.com.br/ojs/index.php/cadped/article/view/1416. Acesso em: 1 nov. 2023.