Síndromes mentais invadem 2020 com a força de um ciclone bomba!

A primeira delas foi o fator surpresa e o medo do contágio, que nos levou ao distanciamento social para prevenir a contaminação e a disseminação do vírus, e para preservar a nossa saúde física.

Créditos do fotógrafo Divulgação

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05/11/2020

A pandemia atravessou fases. A primeira delas foi o fator surpresa e o medo do contágio, que nos levou ao distanciamento social para prevenir a contaminação e a disseminação do vírus, e para preservar a nossa saúde física.

Logo em seguida veio o medo da quebra da economia, de perder o emprego, da empresa falir, e de não conseguir viver com dignidade. Muitos, por conta disso, buscaram na criatividade uma maneira de se reinventar para proteger a sua saúde financeira.

Concomitantemente, com as famílias dentro de casa e as crianças impedidas de irem a escola, veio a preocupação com a saúde da educação/intelectual.

Todos nós nos perguntamos: Será que o rendimento das crianças e adolescentes serão o mesmo estudando a distância por tanto tempo? Será que precisaremos criar um ano a mais nas escolas para suprir a carência educacional de 2020?

E seguimos nos questionando como seria o novo normal e tantas outras preocupações surgiram.

Antes do vírus aparecer, as nossas vidas já estavam muito atribuladas, e a saúde mental já vinha sendo muito discutida por conta do aumento dos índeces de depressão no mundo todo, mas em virtude de tantas surpresas e mudanças, nos vimos obrigados a ficar num estado constante de “alerta”, em prontidão”, e o nível de ansiedade se tornou altíssimo.

PERCEBEMOS MUITO RAPIDAMENTE QUE SEM SAÚDE MENTAL, NÃO HÁ SAÚDE ALGUMA.

O adoecimento mental/psicológico /emocional foi revelado, nos deixando a mercê de síndromes que até então pouco líamos a respeito, só se tivesse afetando a nós de alguma maneira, ou aos nossos parentes e amigos próximos.

Mas parece que agora, todas as pessoas do mundo estão conectadas na mesma dor e essas síndromes estão espalhadas por todos os lugares, em nossos amigos, e em nós mesmos.

A importância de estarmos organizados mentalmente refletiu em nossa rotina de forma direta. Pois os conteúdos internos, começaram a emergir sem filtros, atravessando o comportamento e nos limitando as ações práticas. Tornando o que era interno e invisível, externo e visível.

A PANDEMIA JOGOU LUZ À ASSUNTOS QUE FICAVAM “DEBAIXO DO TAPETE”.

Chegamos ao limiar de um novo tempo que é muito mais digital, virtual e paradoxalmente necessita de mais investimento humano.

O mundo necessita agora de um capital humano saudável! Todos virão que uma vida de qualidade se faz urgente, e é extremamente necessária.

Há muito tempo que estamos doentes, essa ansiedade descontrolada e o vício na mídia social são comprovativos de que há algo desregulado em nós.

Possuímos um código genético predeterminado, impresso desde o nosso nascimento e este não está adaptado a esta mudança abrupta.

Nascemos para sobreviver e estamos utilizando instintos para a sobrevivência como a própria ansiedade por exemplo, para variadas metas de curto prazo que nos viciaram a liberação de dopamina (hormônio da recompensa) e acabamos nos tornando dependentes dele. Mas ele serve apenas como uma motivação natural para nos impulsionar a conquistas para a própria sobrevivência.

Toda essa burla em nosso sistema causa falhas, disfunções que nos tornam nossas mentes doentes, e as consequências são a longo prazo.

Nós já estávamos doentes e precisou apenas de um gatilho para revelar o tamanho do prejuízo que cada um teria de acordo com a personalidade.

A pandemia revelou também a importância do desenvolvimento da inteligência emocional. Os que buscaram desenvolver os seus recursos internos emocionais estão sabendo lidar melhor com a situação atual.

O remédio está em nossos comportamentos, em nossos hábitos e na nossa disponibilidade e abertura em fortalecer a nossa inteligência emocional para aprendermos a lidar com as diversidades e desafios do momento.

É assim que poderemos contribuir para que outros consigam ver a luz que nem todos conseguem enxergar no fim do túnel.